Com a programação de abertura gradual das escolas, muitos pais estão apavorados sobre como se comportar com as crianças. É normal: com a quarentena (que por si só já é cheia de enormes desafios) acabando, os pais não conseguirão mais proteger as crianças da realidade que é a doença. Se não é possível protegê-las da realidade, podemos tentar protegê-las ao máximo da doença. Como fazer isso? Tendo uma conversa franca com as crianças! Claro que isso varia de acordo com a idade e personalidade de seu filho, mas em geral, falar a verdade faz toda a diferença. A UNICEF divulgou dicas (que eu vou publicar a seguir) para uma conversa sincera e eficaz. Estas dicas são um bom ponto de partida para começar o diálogo e creio que deixarão seu filho mais forte e confiante! E se você ainda estiver inseguro, procure um profissional de saúde para te ajudar!
Para ler o texto da UNICEF na íntegra, o endereço é https://www.unicef.org/brazil/como-falar-com-criancas-sobre-coronavirus
Dica 1– Faça perguntas abertamente e ouça a criança. Muitas crianças perguntam espontaneamente aos pais, mas se esse não for o caso, pergunte para a criança o que ela sabe sobre a COVID 19. Saber das dúvidas e angústias de seu filho é um bom quebra-gelo para qualquer conversa. Brincadeiras e atividades em conjunto oferecem um ambiente acolhedor para a conversa. Ouça suas dúvidas e angústias, sem minimizar ou se esquivar.
Dica 2 -Seja honesto(a), e explique a verdade de uma forma que a criança entenda. Para as maiorzinhas, explique que a Internet pode conter informações que não correspondem à realidade, e que o melhor é confiar nas autoridades de saúde.
Dica 3 – Mostre à criança como se proteger e proteger os amiguinhos, idosos e demais pessoas. Explique e demonstre como lavar as mãos, colocar a máscara e utilizar álcool gel. Lembre-se que a criança costuma ser muito mais responsiva a ações que palavras, então você tem que ser o primeiro a dar o exemplo!
Dica 4 – Ofereça segurança. Se é muito fácil para um adulto entrar em pânico com notícias sobre a COVID19, imagine para uma criança. Então, certifique-se sobre o conteúdo de informação a que ela está exposta, estabeleça rotinas e deixe a criança brincar. Deixe claro que se os cuidados forem tomados, a chance dela se infectar é baixa. Esclareça o quanto é importante ficar longe dos avós e dos amiguinhos por enquanto, por mais difícil que seja.
Dica 5 – Verifique se elas estão sendo estigmatizados ou espalhando estigmas (mesmo que não intencionalmente). Explique com firmeza, mas sem tom acusatório que a pandemia nada tem a ver com etnia, aparência ou cultura. Aproveite essa valiosa oportunidade para deixar claro que bullying e preconceito são absolutamente inadmissíveis.
Dica 6 – Procure quem pode ajudar. Converse com suas crianças sobre como os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, cientistas, auxiliares etc.) estão trabalhando para ajudar a quem precisa e que podemos contar com eles. Além disso, fale da importância de todos para lutar contra o vírus e o quanto é importante estabelecer uma corrente do bem
Dica 7 – Cuide de você. Esta é autoexplicativa. Você só consegue ajudar os outros quando você está bem. Estabeleça uma rotina, alimente se bem, mexa seu corpo na medida do possível e cuide muito bem da sua saúde mental. E não hesite em pedir ajuda.
Dica 8 – Encerre a conversa com cuidado. Observe e questione se a criança ainda tem dúvidas, deixando claro que é normal estar com medo. Explique que você é seu aliado e sempre estará disponível para ter outras conversas.