A assimetria craniana posicional, também conhecida como síndrome da cabeça chata, ou ainda “cabeça torta” é uma condição caracterizada por um achatamento de um dos lado do crânio do bebê. Em geral, a parte traseira ou em um lado da cabeça adquire este aspecto quando a criança permanece em decúbito dorsal (de barriga para cima) por períodos prolongados, sem mudar a cabecinha de lado. Há outras causas envolvidas, mas esta é a mais frequente. Muitas vezes, esse achatamento causa também assimetria das orelhas e das mandíbulas da criança, o que em casos mais graves, pode levar a problemas na mastigação.
Recomenda-se uma avaliação física e de desenvolvimento realizada por um pediatra, neuropediatra ou neurocirurgião. Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito clinicamente. Em outros, serão necessários exames complementares para investigar outras condições, como a craniossinostose (cujo tratamento é cirúrgico). Nesses casos, o médico irá solicitar radiografias, tomografia ou ultrassonografia.
É muito importante que os pais dos recém-nascidos façam a prevenção da assimetria craniana posicional. Mudar a posição da cabecinha do bebê frequentemente no berço ou carrinho (ou seja, não apoiar somente em um dos lados ou atrás), e deixar o bebê brincar e engatinhar com a barriga para baixo (conhecido como Tummy time) são excelentes formas de prevenção.
Atenção: a posição correta para o bebê dormir é de barriguinha para cima! Esta é a recomendação da Sociedade Brasileira (que acompanha a recomendação mundial) para evitar a Síndrome da Morte súbita do recém-nascido.
Muitos bebês com assimetria craniana melhoram à medida que crescem, mas em alguns casos, tratamentos como fisioterapia e/ ou órtese (o capacete) podem melhorar o formato da cabeça do bebê. A modalidade de tratamento deve ser escolhida de forma individualizada para cada criança, em conjunto com a família e o fisioterapeuta. De qualquer forma, é muito importante que o tratamento inicie o mais precocemente possível, para que os resultados sejam melhores.
